Nos últimos meses, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem sido alvo de intensas controvérsias devido a acusações relacionadas ao uso do Tribunal Superior (TSE) em investigações de grande repercussão. Os críticos alegam que Moraes teria utilizado o TSE de maneira "fora do rito", solicitando e utilizando informações de forma informal, sem seguir os procedimentos legais estabelecidos. Tal prática, segundo os opositores, compromete a transparência e a credibilidade das ações judiciais.

Em resposta a essas acusações, o ministro Alexandre de Moraes defende que o TSE possui poder de polícia e que o STF tem a prerrogativa de solicitar apurações diretamente ao tribunal eleitoral, quando necessário, especialmente em casos que envolvem ameaças à integridade do processo democrático. Essa defesa, no entanto, não diminuiu as críticas.

A recente liberação de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, após a Procuradoria-Geral da República argumentar que não havia provas de que ele havia deixado o país, gerou uma nova onda de indignação. Essa decisão foi interpretada por alguns parlamentares como uma "confissão de culpa" por parte de Moraes, o que motivou senadores e deputados de oposição a organizarem um "superpedido" de impeachment contra o ministro. Eles acreditam que, pela primeira vez, há uma chance real de afastamento de um membro do STF.

O processo de impeachment de um ministro do STF é notoriamente complexo e exige aprovação do Senado por maioria qualificada. No entanto, a crescente mobilização popular e o apoio político indicam uma insatisfação generalizada com a atual estrutura do Judiciário. A reforma do Judiciário é urgente e essencial para garantir um sistema que seja verdadeiramente eficiente, transparente e capaz de restaurar a confiança da população nas instituições democráticas.